A febre amarela silvestre já provocou a morte de algumas pessoas e de muitos bugios em uma extensa área do Rio Grande do Sul desde o final de 2008. No entanto, ao contrário da maioria das pessoas, os bugios são extremamente sensíveis à doença, morrendo em poucos dias após contraí-la. Esses macacos já estão ameaçados de extinção no Estado devido à destruição de seu hábitat natural (as florestas), à caça e ao comércio ilegal de mascotes.
Além de ilegal e de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, essa atitude é extremamente prejudicial para o próprio homem. A morte de bugios por febre amarela alerta os órgãos de saúde locais sobre a circulação do vírus na região, os quais promovem campanhas de vacinação da população humana, como se tem observado em mais de 200 municípios do Estado.
Os bugios NÃO transmitem a febre amarela para o homem e NÃO são os responsáveis pelo rápido avanço da doença no Estado. Eles são as principais vítimas. As mudanças climáticas e a degradação ambiental provocadas pelo homem são as principais responsáveis pelo recente aparecimento de inúmeras doenças infecciosas no Estado. Especialistas acreditam que o avanço da doença tem sido facilitado pelo deslocamento de pessoas infectadas ou pela dispersão dos mosquitos ou outro hospedeiro ainda desconhecido.
Pergunto: “Você mataria o seu anjo da guarda?”
Dr. Júlio César Bicca-Marques
Professor Titular
Grupo de Pesquisa em Primatologia
Faculdade de Biociências/PUCRS
jcbicca@pucrs.br
Apoiam a campanha “Proteja seu Anjo da Guarda”
- Ministério da Saúde (
- Sociedade Brasileira de Parasitologia
- Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
- Sociedade Brasileira de Primatologia
- Asociación Mexicana
- Secretaria
- Centro Estadual de Vigilância
- Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul
- Secretaria Municipal do
- Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Faculdade de Biociências, Museu de Ciências e Tecnologia e Instituto do
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Programa Macacos Urbanos)
- One Earth Institute/EUA
- Associação para Conservação da Vida Silvestre
-
- Departamento de Vigilância Ambiental de Cachoeira do Sul
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